Elementos Químicos: Luís Veiros

Luís Veiros é professor auxiliar do IST onde desenvolve a sua carreira profissional desde 1985, em paralelo com a sua formação académica –  Licenciado em Engenharia Química, em 1986, concluiu o grau de Mestre em Química dos Processos Catalíticos, em 1989, doutorando-se em Química, em 1994, e realizou a Agregação em Química, em 2002.

Lecionou cadeiras em todas as áreas da Química, excetuando a Analítica, “vá-se lá saber porquê”, entre as quais: QI e II, Química Inorgânica, QO, Projeto (antigo Projeto Químico I e II), Operações Sólido-Fluido (antiga Tecnologia Química III), ER (antigo Processos Químicos IV), Química Geral (para cursos fora do DEQ) e diversos Laboratórios, nomeadamente QF e Química Computacional.

Consta que a profissão sonhada em criança era marinheiro e que o gosto pela Química surgiu apenas no secundário, no Liceu Camões, por influência de um docente. Já o interesse pela Engenharia adveio da proximidade geográfica ao IST – “morava em Lisboa, a 10 minutos do Técnico” -e à maior empregabilidade (relativamente a um curso de Química, apenas).

Tem interesse pelo estudo de mecanismos de reações usando os métodos de química quântica computacional, “assunto que está muito intimamente ligado às orbitais moleculares de que os alunos de Química I tanto gostam…”. Assim, estuda vários mecanismos de reações catalíticas, com especial ênfase em catalisadores com metais da primeira linha de transição (4º período). Por exemplo, uma reação catalítica de hidrogenação de alcinos a alcanos, catalisada por um complexo de ferro. Contudo, aquilo que mais gosta de fazer é ensinar e dar aulas.

Considera que o ensino no IST era e é muito bom e teve a sorte de ter os professores Jorge Calado, Moura Ramos e Fátima Farelo, entre outros, “que construíram o que é atualmente o DEQ”. Relata a atitude entusiástica e contagiante com que estes excelentes professores transmitiam conhecimento e verdadeiro gosto pelo ensino: Ensinaram-me mais que química e que engenharia química, ensinaram-me o rigor que é preciso ter quando se faz e quando se ensina ciência. Dá especial ênfase à influência do professor Alberto Romão Dias, “que muito mais que professor, foi um mentor e, principalmente, um amigo. É ele que muito humildemente tento imitar quando dou aulas”.

Quando questionado sobre a evolução do plano curricular de engenharia química no IST, Luís Veiros sublinha que será necessário incorporar no currículo novas tecnologias, nomeadamente informática e tecnologias de informação, para que a formação de base garanta versatilidade e rápida adaptação a novas áreas fronteira entre ciências básicas. No entanto, discorda da atual mentalidade de que o engenheiro químico deve saber um pouco de tudo, o que torna a formação científica “numa espécie de «ciência do canal Discovery»”. Defende que “um engenheiro químico precisa saber muito de química, de matemática, de física e disto tudo incorporado nas ciências de engenharia. Competências adicionais em áreas fronteira serão bem-vindas, mas não são cruciais”.

Como elementos químicos favoritos, destaca o Nióbio, metal no qual focou o tema da sua tese de mestrado, e o Hidrogénio, pela riqueza de comportamentos químicos que apresenta, apesar da sua simplicidade: “um protão + um eletrão”. Apresenta uma elevada estima e admiração por Linus Pauling, que “devido à sua tremenda intuição química e à beleza e simplicidade da sua teoria da ligação, que é a que todos usamos na «química quotidiana», mesmo sem o saber”.

Revela que nos seus tempos livres é um leitor compulsivo, estando de momento a ler o No Country for Old Men, de Cormac McCarthy. Além disso, gosta também de caminhar ao ar livre (trekking).

Para terminar, deixa o seguinte conselho para os atuais e futuros alunos do curso:

“divirtam-se a fazer o curso. É crucial que gostem do que fazem para que o façam com gosto”.

Luís Veiros é professor auxiliar do IST onde desenvolve a sua carreira profissional desde 1985, em paralelo com a sua formação académica –  Licenciado em Engenharia Química, em 1986, concluiu o grau de Mestre em Química dos Processos Catalíticos, em 1989, doutorando-se em Química, em 1994, e realizou a Agregação em Química, em 2002.

Lecionou cadeiras em todas as áreas da Química, excetuando a Analítica, “vá-se lá saber porquê”, entre as quais: QI e II, Química Inorgânica, QO, Projeto (antigo Projeto Químico I e II), Operações Sólido-Fluido (antiga Tecnologia Química III), ER (antigo Processos Químicos IV), Química Geral (para cursos fora do DEQ) e diversos Laboratórios, nomeadamente QF e Química Computacional.

Consta que a profissão sonhada em criança era marinheiro e que o gosto pela Química surgiu apenas no secundário, no Liceu Camões, por influência de um docente. Já o interesse pela Engenharia adveio da proximidade geográfica ao IST – “morava em Lisboa, a 10 minutos do Técnico” -e à maior empregabilidade (relativamente a um curso de Química, apenas).

Tem interesse pelo estudo de mecanismos de reações usando os métodos de química quântica computacional, “assunto que está muito intimamente ligado às orbitais moleculares de que os alunos de Química I tanto gostam…”. Assim, estuda vários mecanismos de reações catalíticas, com especial ênfase em catalisadores com metais da primeira linha de transição (4º período). Por exemplo, uma reação catalítica de hidrogenação de alcinos a alcanos, catalisada por um complexo de ferro. Contudo, aquilo que mais gosta de fazer é ensinar e dar aulas.

Considera que o ensino no IST era e é muito bom e teve a sorte de ter os professores Jorge Calado, Moura Ramos e Fátima Farelo, entre outros, “que construíram o que é atualmente o DEQ”. Relata a atitude entusiástica e contagiante com que estes excelentes professores transmitiam conhecimento e verdadeiro gosto pelo ensino: Ensinaram-me mais que química e que engenharia química, ensinaram-me o rigor que é preciso ter quando se faz e quando se ensina ciência. Dá especial ênfase à influência do professor Alberto Romão Dias, “que muito mais que professor, foi um mentor e, principalmente, um amigo. É ele que muito humildemente tento imitar quando dou aulas”.

Quando questionado sobre a evolução do plano curricular de engenharia química no IST, Luís Veiros sublinha que será necessário incorporar no currículo novas tecnologias, nomeadamente informática e tecnologias de informação, para que a formação de base garanta versatilidade e rápida adaptação a novas áreas fronteira entre ciências básicas. No entanto, discorda da atual mentalidade de que o engenheiro químico deve saber um pouco de tudo, o que torna a formação científica “numa espécie de «ciência do canal Discovery»”. Defende que “um engenheiro químico precisa saber muito de química, de matemática, de física e disto tudo incorporado nas ciências de engenharia. Competências adicionais em áreas fronteira serão bem-vindas, mas não são cruciais”.

Como elementos químicos favoritos, destaca o Nióbio, metal no qual focou o tema da sua tese de mestrado, e o Hidrogénio, pela riqueza de comportamentos químicos que apresenta, apesar da sua simplicidade: “um protão + um eletrão”. Apresenta uma elevada estima e admiração por Linus Pauling, que “devido à sua tremenda intuição química e à beleza e simplicidade da sua teoria da ligação, que é a que todos usamos na «química quotidiana», mesmo sem o saber”.

Revela que nos seus tempos livres é um leitor compulsivo, estando de momento a ler o No Country for Old Men, de Cormac McCarthy. Além disso, gosta também de caminhar ao ar livre (trekking).

Para terminar, deixa o seguinte conselho para os atuais e futuros alunos do curso:

“divirtam-se a fazer o curso. É crucial que gostem do que fazem para que o façam com gosto”.